É na fase da adolescência que as pessoas passam por constantes transformações e desenvolvem virtudes, princípios e valores. É nessa fase também que há a descoberta de inúmeras coisas, sejam vontades, experiências e/ou sensações, e por isso, requer de mais atenção, pois as descobertas nem sempre vêm para o bem.
O aumento de consumo de drogas ilícitas entre adolescentes aliado a diminuição da idade em que se tem o primeiro contato com a droga e possivelmente as primeiras experiências, é um fato inquestionável. Está se criando uma cultura entre os jovens e até com a complacência dos pais dos mesmos, de que tudo é permitido desde que dentro dos limites.
O pensamento de muitas das famílias atuais, de certo modo até se assemelha aos ideais hippies da década de 60, onde não se tinha muita preocupação com conseqüências. Acham que é melhor permitir que os filhos consumissem álcool e drogas aos seus olhos do que consumir nas ruas sem limites. Essa idéia é totalmente ilusória. O que menos se encontra hoje em dia na cabeça dos jovens é limite. Consumir em casa só vai estimulá-los a querer mais e mais, pois obviamente a droga vicia e gera dependentes, muitas até a partir do primeiro contato.
Os jovens então vão procurar mais drogas nas ruas, enfrentando perigos de uma realidade que eles nunca imaginaram. É fato que o mundo das drogas é perigoso, desde a compra a criminosos até os males que originam a saúde do usuário, e por ironia, passando pelos transtornos que a família sofre, família essa que percebendo ou não, inseriu o filho nesse mundo sombrio.
A família e toda a sociedade devem perceber que o exemplo recebido em casa é determinante para a formação de uma pessoa, principalmente nessa faixa etária. Pais que abusam de medicamentos, pais que abusam de álcool, pais que não impõem limites e até oferecem drogas e bebidas aos filhos, sem perceber que eles não têm idade muito menos maturidade para conviver com esse mundo, muito menos arcar com as conseqüências que a realidade desse mundo pode trazer.